O frontispício recuado do edifício de entrada da Casa do Mandarim apresenta características típicas do estilo tradicional da região de Cantão. A tipologia arquitectónica deste edifício é predominantemente de estilo tradicional chinês, ainda que apresente também algumas influências de arquitectura ocidental, tais como a integração do tecto falso que se encontra neste espaço, bem como do pórtico em arco abatido que aqui vemos. Este tipo de arco é diferente da solução mais tradicional do arco redondo, mas trata-se de uma concepção que era mais comum na arquitectura de Macau da época.
A instalação de santuários dedicados ao Deus da Terra era muito comum na arquitectura de Macau, sendo igualmente um bom indício do nível económico dos respectivos proprietários. O altar dedicado ao Deus da Terra que se encontra na Casa do Mandarim apresenta um desenho simples, que contrasta com a nobreza e a dignidade da arquitectura geral do complexo. Durante o processo de restauro verificou-se que este altar apresentava cerca de dezoito camadas de pintura sobrepostas, revelando pelo menos cerca de dezassete diferentes intervenções e renovações efectuadas ao longo do tempo.