O uso de paredes de separação entre espaços é uma estratégia típica da arquitectura tradicional chinesa, bem como dos conceitos de geomância, ou feng shui, que lhe são implícitos. No entanto, não é conhecida a configuração original da parede de separação que se encontra na área de recepção da Casa do Mandarim. Por esta razão, durante o processo de recuperação, optou-se pela integração de uma janela em harmonia com o espírito arquitectónico do lugar, fazendo-se uso de materiais modernos mas tendo por base conceitos de reciprocidade e de identificabilidade com o sítio, tomando como referência o desenho de outras janelas existentes no complexo. Plantas verdes foram integradas neste espaço para combater a acção de ‘influências malignas’ sobre a área da entrada. Esta vegetação possibilita igualmente uma melhor transição entre a parte da construção que foi adicionada e a estrutura original do edifício.